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A música cabo-verdiana tem demonstrado que está de boa saúde - Carlos Gonçalves


Carlos Filipe Gonçalves, músico instrumentalista, ativista cultural e jornalista, defende que a música cabo-verdiana, pela sua evolução, tem demonstrado que “está de boa saúde”.

A afirmação foi feita em entrevista à Inforpress, por ocasião do Dia Mundial da Música, que se celebra hoje, 01 de Outubro.
Carlos Gonçalves, para quem a música é um património cultural, considera que a sociedade cabo-verdiana está a evoluir conforme as suas tradições musicais.

“A música existe em função da sociedade, porque a música é o produto da sociedade. Há músicas comercias porque a sociedade faz requerer e há as tradicionais por que a tradição as preserva“, defende.
Para Carlos Gonçalves, a música cabo-verdiana tem que ser vista como um produto cultural, e que, quando esta valência se reconhece, os músicos, os produtores e a massa crítica musical passam a ser bem aculturados musicalmente.
Questionado sobre a leva das músicas comercias, o autor de “Cabo Verde Band”, um livro que passa em revista a história da música em Cabo Verde, disse que é fruto do desenvolvimento sociocultural e que essa evolução “é positiva”.
“A música tradicional, o funaná e a morna, e as outras, existem, mas há adaptações e que nunca vão tirar a tradicionalidade da nossa música”, precisou.
A Inforpress questionou este activista cultural, músico, jornalistas e radialista sobre a sua referência como baterista que foi e prontamente respondeu: “é o baterista norte-americano Billy Cobham”.
Este músico, considerado um dos grandes bateristas da história da música norte-americana, foi mundialmente reconhecido após gravar o álbum Bitches Brew de Miles Davis, o primeiro álbum de jazz-rock da história da música norte-americana.
E Carlos Gonçalves a nível nacional disse que a música “Miss Perfumado”, de Cesária Évora, lhe vai na alma e que “Entre Spada e Paredi”, de Zé di Nha Reinalda, é uma das músicas preferidas.
Demonstra ser um defensor acérrimo do tradicionalismo musical e considera o funaná “um movimento social e de musicalidade”, que tem sido tocado pela ‘comercialidade’ dos jovens artistas.
“Há espaço para todos, mas como disse no início, a música tradicional existe em função da sociedade”, lembra Carlos Gonçalves, tido também como uma das referências do jornalismo cabo-verdiano.
O Dia Mundial da Música celebra-se anualmente a 01 de Outubro. A data foi instituída em 1975 pela “International Music Council”, uma instituição fundada em 1949 pela UNESCO, que agrega vários organismos e individualidades do mundo da música.
Tem como objectivos gerais promover a arte musical em todos os sectores da sociedade, divulgar a diversidade musical e aplicação dos ideais da UNESCO como, a paz e amizade entre as pessoas, evolução das culturas e troca de experiências.

Muzika

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