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"Mindinha" sofre de tique nervoso há alguns anos e sem solução à vista


Mindinha, uma bravense, mãe de quatro filhos, tem 41 anos de idade e sofre, há alguns anos, de tique nervoso, uma doença que lhe foi diagnosticada há algum tempo, a qual se manifesta por movimentos involuntários, rápidos e repetitivos de um grupo de músculos, particularmente na região da face e do pescoço. E, no seu caso em concreto, as contrações ocorrem também em outras partes do corpo.


Enquanto conversávamos com ela na rua da sua casa, testemunhámos o que ela realmente está a enfrentar. Um verdadeiro drama para uma mãe que vive sozinha com dois filhos adolescentes, todos eles rapazes em idade escolar. 

Explicou-nos que, devido à doença, só consegue escovar os dentes ao espelho. Não consegue se pentear, tanto é que mandou cortar os cabelos. Por conta disso, vive do apoio das irmãs para poder sobreviver.

A vida para essa mulher tem sido, nos últimos anos, muito difícil e cada vez mais enfrenta novos e árduos desafios por causa desse problema que, para além de alguma desordem motora, afecta significativamente a sua auto-estima. 

Conforme me revelou, fez algumas consultas na Brava e, também, na Cidade da Praia. Mas é aquela velha questão: o seu problema é mais um dos casos de tratamento fora do País que só é possível se lhe for feita a tal Junta Médica ou tiver outro tipo de apoios.

Contou-me, ainda, com alguma mágua, que um médico, na Brava, havia lhe dito que ela não devia tentar tratamento para o seu caso, pois é uma doença hereditária, e que, portanto, foi dessa mesma doença que a sua mãe faleceu. Que a tentativa de buscar tratamento é "gastar dinheiro". 

Ao que pudemos apurar, esse médico disse-lhe claramente que a sua doença nao têm cura
Mas, conforme me revelou, uma médica espanhola que passou pela Brava (aqueles médicos que de vez em quando passam pelas ilhas dando consultas, através de parcerias com o Governo de Cabo Verde ou com algumas instituições, com propósitos humanitários...), quando a contou do que esse médico lhe tinha dito, disse que não, que o seu caso pode ser tratado. Que o médico não devia fazer aquela comparação que fez, pois a medicina, hoje, está muito mais avançada.


A sua situação muito me sensibilizou, pois custa-me aceitar que, num mundo globalizado em que vivemos, em pleno século XXI, com a medicina que não se compara com antigamente, uma mulher tão cheia de vida, tão jovem ainda e cheia de sonhos, deve-se entregar à crueldade dessa doença e ir se definhando aos poucos!!

Pedi que, se possível, a publicasse e, quem sabe, aparecesse uma solução para o seu caso. 
Aguardamos, inclusivé, que o Estado de Cabo Verde, através do Ministério da Saúde e da própria Delegacia de Saúde da Brava, encontrem juntos uma saída para que essa cidadã tenha direito aos cuidados hospitalares e medicamentosos e, assim, puder encontrar uma solução. 

Isto não dispensa, também, que pessoas individuais e coletivas, em tendo possibilidade, ajudem mais este caso na Brava, onde falta um pouco de tudo, especialmente no ramo da saúde. 

Com o poder da tecnologia de informação e comunicação, através de formas mais massivas possíveis de fazer chegar a informação a todos os que de boa vontade querem e podem ajudar essa mulher, acredito que aparecerá, sem dúvida, um "anjo" que traga, ao menos, uma oportunidade de um diagnóstico mais minucioso deste caso e um possível tratamento aonde for.

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