É a primeira vez que estamos a participar com uma caravana, a nossa função aqui é representar Cabo Verde fortemente. Isto aproveitando a entrega do prémio (personalidade do ano da Womex) para dar visibilidade ao país e também para aprender, conhecer o mercado e fazer mais contactos e alguma formação para que possamos trazer para o país mais “know how”. Isto para “fazer o AME crescer ainda mais”.
A importância da visita
Quanto à importância da participação no Womex como veiculo de promoção e internacionalização da música de Cabo Verde, o ministro da Cultura explica que o Womex é o mercado número um do planeta na área da “world Music” e está a afirmar-se como um dos mais importantes mercados de musica no mundo daí que garantiu “hoje em dia todos os profissionais da música têm na sua agenda uma vista à Womex”.
Oportunidade de ouro
“É no entanto um mercado muito caro e nem todos os países conseguem e nem todos os países são permitidos – tornou-se numa vitrine mundial e estar aqui através dos nossos promotores, músicos e jornalista, reforça Mário Lúcio, “abre um leque de contactos muito grande”. “Chamamos as pessoas para ouvirem a nossa música mas também é aqui que fazemos os contactos para vendermos o nosso país e a nossa música. Portanto defende: “sendo o maior certame e onde há o maior encontro de profissionais da música hoje em dia, estamos necessariamente a abrir portas para os profissionais da música em Cabo Verde”.
As ambições do AME
Quanto à dimensão do AME, Mário Lúcio chama a atenção para o facto de que ainda sermos “um bebé de apenas três anos”. “Mas fizemos um belo percurso” diz Lúcio enquanto realça que: “nestes três anos o mercado já ocupa o terceiro lugar no quadro da world Music; aumentamos significativamente a participação dos cabo-verdianos nos vários países; o mercado já conta com cada vez mais pessoas a solicitar parcerias porque querem ser nossos parceiros e levar Cabo Verde para os seus eventos. Também porque querem participar no AME em condições especiais – Isto mostra que o mercado está a crescer e podemos perfeitamente chegar ao nível da Womex”. “Não para concorrer” sublinha mas “o sonho é fazer o melhor que se pode fazer dentro das nossas dimensões”. Mais afiança Mário Lúcio: “ A nossa música é muito conhecida e somos um país que ao contrário dos outros, os nossos artistas estão muito interligados”. Mais ainda advogou “se trabalharmos, temos algumas vantagens que a Womex não tem, que é a nossa situação geográfica”. O facto do AME ter a maior participação dos outros mercados no seu evento é para o ministro da Cultura “também um sinal muito positivo”.
Dimensão do Womex
O Womex recebe por estes dias cerca de 3000 profissionais do ramo musical provenientes de 90 países. Estão para a cobertura do evento cerca de 300 jornalistas e cerca de 160 rádios, como também estão vários canais de televisão.
Um dos grandes momentos da 20ª edição do Womex acontece hoje com a apresentação da Orquestra Cesária Évora, às 21 horas, espectáculo aguardado e comentado por muitos.
Sanny Fonseca
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