Diogo Gomes, que na viagem de 1460 encontrou Noli no porto de Zaia, da terra dos Barbacins, deu-o como simples acompanhante na descoberta, visto ser ele que “avistou ilhas ao longe” e primeiro desembarcou em Santiago. Sucedeu porém, que o italiano se adiantou no regresso a Portugal e logo recebeu do Infante a doação da ilha “que eu, Gomes, descobrira”. Também Cadamosto […], se arroga a prioridade, colocando o facto em 1456, quando da segunda viagem que efectuou à zona de Cabo Verde. Mais recentemente, Fontoura da Costa divulgou a tese aliciante de Wieder, para quem o achamento ocorreu em 1445, por Vicente Dias, navegador de Lagos, visto na carta de André Bianco, de 1448, se encontrar já o desenho de uma ilha de contorno idêntico à Santiago, com a legenda de “inxola authentica”.
Sabe-se que o navegador tomou parte, naquele ano, na expedição de Lançarote e regressou sozinho ao Reino, aqui encontrando aquele cartógrafo, então a caminho de Londres, que recolheu a sua informação. Entretanto, Vicente Dias confidenciou também o resultado da viagem a Cadamosto e este resolveu atribuir-se o mérito da descoberta.
Sabe-se que o navegador tomou parte, naquele ano, na expedição de Lançarote e regressou sozinho ao Reino, aqui encontrando aquele cartógrafo, então a caminho de Londres, que recolheu a sua informação. Entretanto, Vicente Dias confidenciou também o resultado da viagem a Cadamosto e este resolveu atribuir-se o mérito da descoberta.
Para Damião Peres, tudo permite crer que é a parceria Gomes-Noli, em 1460, que reúne mais direitos ao achamento. Magalhães Godinho coloca em Maio de 1456 a descoberta da ilha de Santiago, São Filipe e Maio por António de Noli que antecedeu de dois meses a chegada de Cadamosto.
Mas Fontoura da Costa, de acordo com a teoria de Wieder, propõe uma solução mais conciliatória: Vicente Dias foi o descobridor histórico da ilha de Santiago; Diogo Gomes o redescobridor desta ilha e o descobridor das quatro restantes ilhas; e António Noli, o descobridor oficial das cinco ilhas do grupo oriental. Na ausência de nova documentação, cremos que possa manter-se o último esquema, vendo no achamento do arquipélago uma operação de várias fases.
Mas Fontoura da Costa, de acordo com a teoria de Wieder, propõe uma solução mais conciliatória: Vicente Dias foi o descobridor histórico da ilha de Santiago; Diogo Gomes o redescobridor desta ilha e o descobridor das quatro restantes ilhas; e António Noli, o descobridor oficial das cinco ilhas do grupo oriental. Na ausência de nova documentação, cremos que possa manter-se o último esquema, vendo no achamento do arquipélago uma operação de várias fases.
Cf. SERRÂO, Joaquim Veríssimo, 1977: p. 170, 171, Vol II. in Daivarela.blogspot.com
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