Pesquisa/encontre neste blog...

Especialista da UNCTAD aconselha Cabo Verde a "articular" turismo e economias criativas

Álvaro  Moreira, consultor e gestor de projectos da UNCTAD, um organismo das Nações Unidas voltado para o apoio a países em desenvolvimento aconselha Cabo Verde a articular o turismo e as economias criativas, pois considera que não se pode falar de turismo sustentável sem industria criativa.
Este especialista, que se encontra em Cabo Verde para participar na VI Edição da Expotur e realizar uma série de encontros com o Ministério do Turismo, Indústria e Energia, falava ontem para uma plateia interessada em perceber mais os contornos da indústria e economias criativas, em Santa Maria, no Sal.

Moreira, que já tem vindo a assessorar o Ministério da Cultura em alguns estudos sobre a indústria musical em Cabo Verde, que representa já mais de seis milhões de euros, acredita que o país tem “as condições necessárias para concretizar um modelo de desenvolvimento sustentável, cujo activo estratégico seja os seus bens e serviços culturais e recreativos”.
Isto pode ser aplicado não só à música, mas como um conjunto de artes, como o artesanato, ou processos criativos e intangíveis. O mesmo salientou ainda que no “contexto africano”, Cabo Verde tem “imensas potencialidades” neste sector e, encontra-se “mais avançado” em relação a outros países em matéria de indústrias e economias criativas.
 Por isso, exortou o país a continuar a apostar nas estratégias que tem vindo a desenvolver para promover a integração cultural no processo turístico e disse mesmo que Cabo Verde “parece estar bem armado” nesse processo.
Contudo, deixou pistas para que, por exemplo, se criem mecanismos de articulação com as práticas culturais nos hotéis, “facilitando a inclusão de bandas ou grupos musicais” nas unidades hoteleiras. Este especialista da UNCTAD defendeu ainda a criação de condições para venda de artesanato genuinamente cabo-verdiano nos hotéis.
Isto, porque considera que a potenciação da cultura e indústrias criativas têm um papel preponderante no combate à pobreza e inclusão das comunidades locais dos destinos turísticos. Mas, para isso, diz ser necessário trabalhar e dar “treinamento” nessas comunidades para que se criem as bases e depois elas possam caminhar pelos seus próprios pés.
 Recorde-se que actualmente, 6% do PIB mundial advém das indústrias criativas e as mesmas geraram em 2011 cerca de 624 milhões de dólares de receitas anuais. 
A Nacao

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...