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Coincidência ou não: 23 de Abril - Dia Mundial do Livro e Dia do Professor Cabo-verdiano

A 23 de Abril celebra-se o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor. A data tem como objetivo reconhecer a importância e utilidade dos livros, assim comoincentivar hábitos de leitura na população.
Os livros são um importante meio de transmissão de cultura e informação, eelemento fundamental no processo educativo.
A UNESCO instituiu em 1995 o Dia Mundial do Livro. A data foi escolhida por ser um dia importante para a literatura mundial - foi a 23 de Abril de 1616 que faleceu Miguel de Cervantes e a 23 de Abril de 1899 nasceu Vladimir Nabokov.

A data serve ainda para chamar a atenção para a importância do livro como bem cultural, essencial para o desenvolvimento da literacia e desenvolvimento económico. 


Curiosamente Baltasar Lopes insigne escritor, professor e um dos fundadores da Revista Claridade, nasceu a 23 de Abril, dia em que se comemora dia do Livro e dos Autores, e recorde-se que hoje assinala-se dia do professor cabo-verdiano data escolhida pelo ministério de educação para perpetuar o nome deste poeta, advogado, e sobretudo professor, mestre de várias gerações. O dia 23 de Abril é também recordado como o dia em que nasceu e morreu o escritor inglês William Shakespeare.

Baltasar Lopes da Silva  foi um notável escritor, poeta e linguista, um dos mais proeminentes de sempre. 

“Nho Balta” nasceu em São Nicolau no dia no dia 23 de Abril de 1907 e faleceu em Lisboa a 28 de Maio de 1989.

Foi, com Manuel Lopes e Jorge Barbosa, fundador da revista Claridade. Em alguns dos seus poemas usou o pseudónimo Osvaldo Alcântara. O seu romance mais conhecido é Chiquinho (1947). Escreveu também uma descrição dos crioulos de Cabo Verde, o Dialecto Crioulo de Cabo Verde, Lisboa, Imprensa Nacional, 1957.

Em 1936, Baltasar Lopes, com a colaboração de outros escritores, como Manuel Lopes, Manuel Ferreira, António Aurélio Gonçalves, Francisco José Tenreiro, Jorge Barbosa e Daniel Filipe, fundaram a revista cabo-verdiana Claridade.

Claridade era uma revista de ensaios, poemas e contos. Os colaboradores de Claridade denunciavam os problemas da sua sociedade, como a seca, fome e a emigração. Baltasar Lopes, juntamente com os seus colaboradores, criou melhores condições para o conhecimento das raízes da cultura cabo-verdiana; a revista Claridade salientou o estudo da realidade cabo-verdiana, especialmente dos grupos sociais mais carenciados.

Em 1947, Baltasar Lopes publicou o seu primeiro livro, o romance Chiquinho, que descreve os costumes, as pessoas, as paisagens, e problemas sociais e familiares que existiam em Cabo Verde na primeira metade do século XX. É um romance de aprendizagem sobre o povo cabo-verdiano e sobre o destino que muitos cabo-verdianos tiveram que tomar para conseguirem uma vida melhor, o destino da emigração.





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