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Aline Frazão: “Na música, Cabo Verde está sempre na vanguarda”

A cantora angolana actuou esta terça-feira, 8, no Atlantic Music Expo pela primeira vez, uma apresentação a solo que contou com letras dos seus álbuns e de outros compositores, acompanhadas pela sua guitarra e quissanje (instrumento popular angolano).
Vamos acompanhando o desenrolar do Atlantic Music Expo com a actuação da cantora angolana Aline Frazão.

“É uma honra estar nesta terra onde tenho raízes através do meu avó que era da ilha do Fogo”, foi assim que a artista iniciou a sua actuação. Aline Frazão apresentou o seu trabalho no Palácio da Cultura Ildo Lobo, baseado em músicas do mundo, cantado em português e no português do Brasil.
"A cidade está cheia de actividade musical, acho que isto é muito bom para a música de Cabo Verde e em geral, é uma oportunidade incrível para conhecer outros artistas", contou ao SAPO Múzika.
A artista já tinha estado em Cabo Verde para conhecer a ilha do seu avó e afirma que a convivência com a música crioula teve-a desde cedo: "A minha música também tem influência de Cabo Verde, além de Angola e Brasil, tenho uma paixão especial pelo batuque que tem uma força brutal e a morna emociona-me imenso."
"Cabo Verde é um país completamente inspirador, não é à toa que tem a música que tem, aqui há um talento incrível, sinto-me um bocadinho em casa aqui", afirmou.
As referências musicais de Aline Frazão vão desde os clássicos da morna como Cesária Évora, Ildo Lobo e Bana, "até à nova geração da Lura, Mayra Andrade, a Sara Tavares com quem já actuei em Lisboa e sempre fui uma fã".
Um dos artistas que afirma que gostaria de colaborar agora seria com Mário Lúcio, outra das suas grandes referências, "é um compositor incrível".
"Esta iniciativa da AME é muito necessária, ainda estamos só no início mas tenho a certeza que daqui vão sair grandes encontros, festivais e boas ideias, espero que seja o início de algo consolidado no continente, é disso que nós precisamos e, felizmente, na música, Cabo Verde está sempre na vanguarda", referiu sobre o Atantic Music Expo.
"Em Angola sempre gostámos das músicas de Cabo Verde, lembro-me que em todas as festas tocava uma música do Luís Morais e agora com a Kizomba há algo que nos une mais porque há muitas parcerias entre os artistas de cá e de Angola, é quase como se fossemos todos primos", concluiu.

Muzika

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