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I-Turismo: Construção de novos miradouros. Que impactos?

Artigo de opinião

A atividade turística tem mostrado ser uma das atividades económicas mais importantes que os países em todo o mundo procuram promover. O turismo traz visitantes e consequentemente receitas, o que reforça a economia local.
A Ilha Brava naturalmente tem suas enormes potencialidades turísticas, com destaque ao turismo rural, particularmente o turismo de montanha. Para isso, são escolhidos pontos de referência que permitem aos visitantes e residentes observar alguns encantos desta Ilha.
Mas alguns fatores têm deixado a ilha fora de roteiros turísticos de alguma expressão. 
Algumas agências na Ilha do Fogo têm incluído algumas vezes a Brava nos seus pacotes turísticos, trabalhando diretamente com alguns proprietários de residenciais e de transporte. Alguns turistas vêm em pequenos grupos para, no máximo, dois ou três dias, com aquele tique para não perder transporte, circulam um pouco pela Ilha; uma pequena franja de turistas estrangeiros vêm em seus iates, mas há a necessidade de infraestruturas que empurram a Ilha para o desenvolvimento turístico. 

De salientar que o objetivo antigamente não era o turismo, como atividade ecnómica. Mas o certo é que, os governos coloniais deixaram-nos algumas construções em pontos de relevo, no sentido de proporcionar as melhores vistas aos visitantes e que, hoje, são pontos que obrigatoriamente entram como referências para a atividade turística. Destacam-se o Miradouro de Monte, em Cova Rodela, o localizado na estrada para João da Nole e Mato Grande, o Miradouro na Cidade de Nova Sintra, Cutelo Mintira e Sarrado, o de Cruz Grande, em forma de navio, de onde se avistam a Ilha do Fogo, ilhéus Raso e Rombo, Porto da Furna e as áreas circundantes. Mas, existem também alguns locais naturais que proporcionam às pessoas vistas impressionantes e que precisam ser explorados. 

A promoção do turismo é e deve ser, hoje em dia, uma das grandes apostas dos governos, através de diferenciação e promoção. O Governo, através de políticas de inclusão, não deve medir esforços para o país poder proporcionar outras atrações turísticas, como as que vemos nesta Ilha,  para além de sol e praias, que são mais centradas nas ilhas orientais.

A Ilha Brava não foge a essa pretensão de entrar no eixo do desenvolvimento turístico, mas tem tido alguns entraves, nomeadamente a fraca promoção de roteiros turísticos, a questão de infraestruturas de alojamento e de transporte. Ultimamente. tem crescido algum investimento no setor hoteleiro, como, por exemplo, o Hotel Djabraba´s Ecolodge, a Pousada Nova Sintra, Hotel Cruz Grande. No sector dos transportes, o Cabo Verde Fast Ferry continua sendo a única alternativa, com viagens marítimas a volta de quatro vezes por semana.

Em Janeiro, com vista à promoção do turismo, a Câmara em parceria com o Governo inauguraram quatro novos miradouros, batizados de Mirabeleza em Risco Vermelho, Miragraciosa em Monte Nha Lendra, Miragloriosa em Pau e Miragrandeza em Bizia. Mas, ainda, mais miradouros vêm aí! Serão, ao todo, nove miradouros que a Ilha vai receber. 


Mas que impactos terão na economia local? São prioritários e pertinentes para o desencravamento do sector do turismo? Contamos ouvir vários intervenientes no processo. São questões que desenvolveremos no próximo capítulo!


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