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Marcos importantes da história da ilha Brava






    • Quando é que a ilha Brava foi povoada é a principal divergência que ressalta nos escritos acerca do seu povoamento. Ironicamente, um estudo sobre a história do povoamento diz: «A origem do povoamento se perde na névoa do passado. Por isso, cada qual o imagina um tanto ao jeito das suas simpatias» - in Brava, tradicionais festas de Nho Sandjon e do Município, 1988.
    • Em 1573, a ilha já estava colonizada, pois em Fevereiro desse ano, D. Sebastião doou a Capitania da Brava a D. Martinho Pereira, para lhe tirar o farol. - idem
    • Em 1680, êxodo de algumas famílias da ilha do Fogo para a Brava, devido a erupções vulcânicas, desembarcando no Porto da Furna. 
    • Em 1730, um dos dos muitos visitantes, o Capitão inglês George Roberts descobre urzela e paga 500 patacas para fazer a colheita desse líquen.
    • Nos princípios do século XVIII, a ilha Brava tornou-se conhecida não só pela terra fecunda, como também pela água de Vinagre, comprada pelo triplo do preço do normal; comparada à água de Seltz (uma água gasosa natural, batizada assim por causa da região alemã onde existe em abundância)
    • Em 1774, a população da ilha era de 3190 habitantes.
    • Em 1826 foi criada a Freguesia de Nossa Senhora do Monte, escolhida em 1836 para residência do Bispo de Cabo Verde.
    • Por volta de 1836, o Governador-geral e o seu séquito instalaram-se na Ilha Brava, fugindo às epidemias e beneficiando do seu bom clima. Até ao fim do séc. XIX, Cabo Verde foi daí governado e a Brava tornou-se a capital cultural da Colónia. 
    • 1845 - Primeira Escola de Pilotagem na Furna.
    • Em 1846, a Igreja Católica construiu a primeira escola superior de Cabo Verde.
    • Em 1856, foi proposta aulas de pilotagem na Escola Principal da Brava, de onde saíram marinheiros que se tornaram afamados nos barcos de baleia da América e Inglaterra. Cita-se o caso de Valentino Rosa, Capitão do Barco Canton, que deu volta ao mundo. Alguns marinheiros até foram aceites nos barcos de guerra.
    • No ano de 1844, Brava conheceu muitos visitantes a ponto de chamada por Lopes de Lima de «Paraíso do Arquipélago» para, em 1891, ser mesmo denominada de «um verdadeiro Paraíso em África».
    • A Brava serviu de refúgio nas épocas pluviosas aos habitantes do Arquipélago e da Guiné.
    • No Almanaque Luso-Brasileiro de Lembranças apareceu o seguinte texto: 

    «Brava é o altar de Deus e Princesa do Mar. A Ilha Brava entre as suas irmãs, 
    não pode deixar de ser uma Princesa, à qual todos que a visitam, é dedicado
    um fervoroso culto».

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    Almanaque Luso-Brasileiro de Lembranças saiu regularmente durante 81 anos (1851-1932). Fundado pela família Castilho, irradiou em todo mundo lusógrafo, atingindo tiragens importantes, até 24.000 por ano. Além da agenda, recebia e publicava textos mandados do continente (Portugal) da Madeira e dos Açores, de todo o Brasil e das colónias portuguesas da África e da Ásia. Nesta produção ultramarina Cabo Verde levou a palma. (Blog: Esquina do Tempo)

    Ver uma Reportagem da TCV sobre o assunto (VER VÍDEO)


    • Em 5 de Novembro de 1867 nasceu Eugénio Tavares
    • Entre 1900 e 1950, Cerca de vinte navios, veleiros, em casco de madeira, foram construídos na Ilha Brava, no Porto da Furna. Destinavam-se ao transporte de passageiros e carga entre as Ilhas. Alguns tinham capacidade para viajar entre Cabo Verde e a Costa de Africa. 


    • A oito de Novembro de l934 o navio John Manta deixou o porto de Providence com destino a Ilha Brava. Com uma tripulação de dezanove homens, levava ainda treze passageiros incluindo três mulheres e seis crianças. Comandava o navio o seu proprietário, Albertino Senna, e seu filho, também capitão de 23 anos, Alberto Senna. Falou-se numa grande tempestade havida na rota do John Manta. Até hoje não chegaram à Ilha Brava e foram dados como desaparecidos. 






    Fonte: Brava, tradicionais festas de Nho Sandjon e do Município, 1988.
              Fundação Eugénio Tavares

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