- 1867 - Em 18 de Outubro nasceu Eugénio de Paula Tavares.
- 1882 - Aos 15 anos de idade, pelas mãos de Luis Medina e Vasconcellos, é publicado no Almanaque Luso-Brasileiro de Lembranças, o primeiro poema de Eugénio: «A Badinha»
- 1888 - É colocado como Recebedor da Fazenda Pública no Concelho do Tarrafal. No exercício do cargo denuncia os problemas do povo e reivindica os seus direitos, perante o Governador. Esta frontalidade revelar-se-á determinante na forma como, mais tarde, viria a ser tratado.
"... Eu exijo para o povo aquilo que, de direito sei ser do povo; porque, sobre o facto de lhe ser negado provar que lhe nao seja devido pode muito bem onão dar hoje, preparar o ter que dar amanhã... Por isso exijo;não peço. Quereis saber quem sou eu para exigir? Sou uma vontade e, por conseguinte, uma força."
- 1890 - Exerce o cargo de Recebedor da Fazenda, na Ilha Brava.
- 1895 - Publica «Manidjas» em crioulo.
- 1899 - começa a publicar textos na Revista de Cabo Verde, editada em Lisboa.
- 1900 - Enquanto Serpa Pinto eleva Eugénio Tavares à categoria de Delfim, Cesário de Lacerda manda buscar um vaso de guerra de Lisboa para prender o poeta alegando um desfalque que esconde a verdadeira motivação: a oposição às suas medidas retrógradas. Dias depois, larga do porto da Furna a barca B.A. Brayton, com destino aos Estados Unidos, levando a bordo o poeta para um longo e amargurado exílio. Funda em New Bedford o Jornal Alvorada, mantendo a sua edição por um período de sete anos.
- 1910 - Eugénio regressa do exílio e desembarca em São Vicente, no mesmo ano em que se dá em Santiago a revolta dos rendeiros, em Ribeirão Manuel, e é proclamada, em Portugal, a República, a 5 de Outubro.
- Nesse mesmo ano de 1910, Eugénio inicia a sua colaboração em jornais:
- Manduco, fundado por Pedro Cardoso, na ilha do Fogo;
- Independente, da Praia;
- O Futuro de Cabo Verde;
- Progresso;
- Mindelense, de S. Vicente.
- 1911 - Eugénio funda o semanário «Voz de Cabo Verde»
- 1912 - Escreve no Correio Português, de New Bedford;
- 1913 - Escreve para a Tribuna, da Brava.
- 1914 - Compõe um hino dedicado à República.
- 1915 - São publicadas as «Cartas Caboverdeanas»
- 1916 - Fica-se a conhecer o «Amor que Salva» (Santificação do Beijo» e «Mal de Amor»
- 1920 - Morre José Martins Vera Cruz.
- 1922 - Eugénio regressa à Brava, depois de ter sido julgado e absolvido. Cria, então, com um grupo de companheiros, a maior escola primária da colónia: a Escola Governador Guedes Vaz. É, nessa mesma ocasião que funda a Troupe Musical Bravense.
- 1927 - O Governador da Colónia, Guedes Vaz, visita a Brava e formaliza um pedido de desculpas a Eugénio Tavares, em relação às desonras sofridas a mando de Cesário de Lacerda.
- 1930 - Em 1 de Junho falaceu o poeta.
- 1932 - Em Fevereiro, por iniciativa do escritor português José Osório de Oliveira, amigo de Eugénio, é publicado pela Livraria J. Rodrigues & Cª. de Lisboa, o volume Mornas - Cantigas Crioulas, de acordo com uma seleção e com um prefácio que o autor fizera poucos meses antes da sua morte, em Nova Sintra - Ilha Brava.
- 1940 - No âmbito das comemorações portuguesas do duplo centenário, dos oitocentos anos da Fundação e dos trezentos da Restauração, o Governador de Cabo Verde desloca-se à Brava para inaugurar o mausoléu de Eugénio Tavares.
- 1969 - A «Liga dos Amigos de Cabo Verde» em Luanda, Angola, publica a 2ª edição de Mornas, Cantigas Crioulas, com uma Adenda, em pportuguês.
- 1995 - Em 6 de Maio, no Palácio Valenças, em Sintra (Portugal), é feito o anúncio público, seguido da leitura de estatutos e da escritura pública, da criação da «Fundação Eugénio Tavares».
- 1995 - O Presidente da República de Cabo Verde, Dr. António Mascarenhas Monteiro, concede-lhe, a título póstumo, a mais alta condecoração na área da cultura: o 1º Grau da "Ordem do Dragoeiro".
- 1997 - A Câmara Municipal de Lisboa evoca Eugénio Tavares nos 50 anos da estreia do "Mar Eterno" na Radiodifusão Portuguesa (RDP) na voz de Fernando Queijas.
Conheça o trecho musical
- 1998 - O Instituto Camões em Portugal leva "Mar Eterno" à Expo 98, entre Camões e Pessoa, enquanto o poema é traduzido em cinco línguas europeias.
- 2002 - Em 24 de Junho, é inaugurado naPraça Eugénio Tavares, da então Vila Nova Sintra, hoje cidade, na Ilha Brava, o monumento ao poeta, «Homenagem da comunidade cabo-verdiana da diáspora e da associação Amidjabraba».
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