A partir da página 97, há refências sobre uma cusação ocorrida na Brava contra Manoel Antonio Martins em que uma mulher terá vendido a virgindidade da sua filha Joaquina dos Reis, ainda criança, ao filho do réu, António Manoel Martins, em troca de uma casa e uma pequena terra, e de tratar da subsistência da sua filha.
O documento ainda transcreve o que terá acontecido, inclusivé dos envolvimentos da família do acusado com o tráfico de escravos. Também conta da forma como a dita mulher foi despejada da casa e desapropriada da sua terra.
O desfecho não poderia ser mais trágico com o assassinato de Antonio Manoel Martins.
Aquando da chegada de Sua Magestade a mulher, acompanhada da dita filha, foram-lhe fazer queixa de Francisco José de Sena, pelo facto de invadir a sua casa, de modo próprio, sem mandado judicial e ter despejado a mulher da sua casa e da sua terra. Ao que foram encaminhados ao Juíz de Paz para a conciliação.
De resto, para quem gosta de história, este documento revela os meandros da administração colonial na altura.
De resto, para quem gosta de história, este documento revela os meandros da administração colonial na altura.
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