CADEIRANTE
Desde o ano de 1986 que Maria ficou doente e limitada a uma
cadeira de rodas, pede apenas apoios em medicamentos para os seus problemas de
saúde.
Cidade
de Nova Sintra, 15 de Junho – Desde que adoeceu,
ainda tinha 35 anos de idade, Maria da Lomba vive numa cadeira de rodas há já
30 anos. Decorria o ano de 1986, quando um dia Maria acordou com o corpo mal
disposto. Depois de quatro dias foi evacuado para o Fogo e o doutor Henrique,
na altura, pediu que ela fosse observada em Betânia, mas tal pedido foi negado
pelo doutor da Brava.
Maria conta que veio para a Brava e ficou em casa
sem nenhum tipo de assistência até ao ponto de perder todos os movimentos das
pernas. Ela acredita que se tivesse ido logo ao Fogo e fosse observado e
operado, podia voltar a andar.
Num contato que teve posteriormente com um médico
egípcio, foi-lhe dito que o seu caso pode ter sido ocasionado por uma infeção
no nervo central.
Maria, atualmente, vive de uma pensão de
sobrevivência de 4.900 escudos. Necessita de vários remédios por dia, devido a
problemas de saúde e toda a vez que precisa de medicamentos, tem de comprar,
embora às vezes tem recebido alguma solidariedade de pessoas amigas.
Quanto a habitação onde reside, a Câmara Municipal
da Brava lhe apoiou com o betão em três quartos, colocação de portas e janelas
na sua casa e uma reparação no seu quintal para ajudá-la na circulação com o
seu carrinho, com a co-ajuda da Cruz Vermelha. No entanto, a casa que já é dela
por inerência, não está registada no cartório, devido a processos burocráticos
e judiciais.
Maria não pede nada; não acredita na sua
recuperação, depois de 30 anos numa cadeira de rodas. Quer apenas ter uma
assistência medicamentosa gratuita e viver os seus últimos dias com dignidade.
Contacto: 2852291/5803708
Colaboração de Samuel Santiago
Email:sam.tiago.ep@gmail.com
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