1. História de Cabo Verde

em consequência do longo tempo que permaneceram no mar, sem nenhuma referência de terra. Em seguida, foram chegando às outras ilhas, cujos nomes são de santos correspondentes aos dias nos quais aportaram. Assim eles chamaram Santo Antão, São Vicente, Santa Luzia, São Nicolau, Santiago. A ilha do Sal assim foi denominada por causa das grandes salinas existentes. A ilha de Maio por que chegaram no Mês de Maio; Fogo, por ter um vulcão, que se supõe estar em actividade, no momento da chegada dos descobridores. A ilha Brava, assim foi denominada, por causa do aspecto, um tanto quanto hostil. Como o arquipélago era desabitado, os portugueses deram início ao povoamento. Foi povoado por arquipélagos nativos da costa ocidental da África, genoveses e portugueses.

Em Cabo Verde, foi erigida a primeira cidade construída por europeus nas colónias, a cidade de Ribeira Grande. Ficou activa por mais de três séculos, antes que a capital fosse transferida para cidade de Praia, capital de Cabo Verde dos nossos dias.
O país tornou-se soberano nos anos setenta, mais propriamente no ano de 1975, após mais de uma década de luta armada nas selvas da Guiné-bissau. O período pós-independência foi governado por um regime de partido único que esteve no poder até 1991, ano em que o país optou pelo regime multipartidário. A população era em 1991 de 350 mil habitantes, sendo as ilhas de Santiago, Santo Antão e São Vicente as de maior número de habitantes. Hoje a população de Cabo Verde é de 400 mil habitantes, repartidos pelas 9 ilhas habitadas. Agrupam-se em dois conjuntos definidos pela sua posição em relação aos ventos predominantes, o de Barlavento (Santo Antão, São Vicente, Santa Luzia, S. Nicolau, Sal, Boa Vista e os ilhéus de Branco e Raso) e o de Sotavento (Maio, Santiago, Fogo, Brava e os ilhéus Secos ou do Rombo).
2. As manifestações culturais
Qualquer olhar antropológico ou mesmo etnográfico sobre as ilhas chegará a conclusão de que humana e culturalmente se trata de uma sociedade crioula.
A crioulidade, fruto de uma fusão e de um caldeamento entre a África e a Europa, está patente em todos os traços culturais das ilhas. As manifestações são manifestamente sincréticas e afirmar um mundo próprio, recriado pelo homem cabo-verdiano.
Para além do crioulo, as manifestações culturais se afirmaram a partir de uma identidade inconfundível, que muitos definem como caboverdianidade.

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