Maio é mês da língua que une mais de 280 milhões de pessoas à volta do
mundo, o português. No Centro Cultural Português – Pólo do Mindelo a festa dura
até o dia 30 com literatura, cinema e novas ofertas de lazer, cultura e
conhecimento. Nesta segunda-feira, 5, houve recital de poesia e um porto de
honra dedicado ao recentemente falecido poeta Vasco Graça Moura no novel Espaço
Camões - que tem uma biblioteca principal, uma banca de jornais, revistas e
ainda área dedicada aos mais novos.
Além de poemas de Vasco Graça Moura, tido também como excelente tradutor, a Trupe Pará Moss declamou outros dois poetas portugueses (José Luís Peixoto e Sophia de Mello Breyner), os cabo-verdianos Arménio Vieira, Osvaldo Alcântara e Filinto Elísio (Cabo Verde), mas também Xanana Gusmão (Timor Leste), Drummond de Andrade e Vinícius de Moraes (Brasil), Mia Couto (Moçambique), Filomena Embaló (Guiné Bissau), Ondjaki (Angola) e Alda Espírito Santo (S. Tomé e Príncipe).
Também nesta segunda-feira o CCP-Mindelo abriu ao público o Espaço Zeca Afonso. Ali há uma Biblioteca Lusófona, da Língua Portuguesa e Artes, onde acontecem oficinas criativas. A de produção de espectáculos e eventos começa no próximo dia 15 e vai até 24 deste mês. Penélope Cruz vai ensinar o que fazer antes, durante e depois de um evento, como alocar recursos financeiros e humanos, preencher tabelas de produção e cronogramas, o cerimonial e as regras de protocolo.
Fernando Pessoa é também nome de um novo espaço do CCP Mindelo. É um sítio onde a partir do dia 16 pode descobrir os sabores da lusofonia. Entre os dias 26 e 30 faça outras descobertas no VII Ciclo de Cinema Documental Maio.doc. O cartaz ainda não está fechado, mas é quase certo que para dar resposta a vários pedidos haverá reposição dos filmes “Mudar de Vida, José Mário Branco, vida e obra”, de Nelson Guerreiro e Pedro Fidalgo.
Foi a 20 de Junho de 2009 que, reunidos em Cabo Verde no seu sexto conselho, os ministros das Relações Exteriores dos 8 decidiram que 5 de Maio seria a partir de então o dia da Língua Portuguesa e da Cultura da CPLP. Na época fundamentaram que a língua de Camões é “um vínculo histórico e um património comum resultantes de uma convivência multissecular que deve ser valorizada”. Daí a decisão de instituir esta celebração que acontece pelo quarto ano consecutivo.
TSF
Nenhum comentário:
Postar um comentário