Foram vários os momentos que, ao longo da história, determinaram uma série de infra-estruturas da comunicação e do ciberespaço que marcaram diferentes etapas até à contemporaneidade.
Foi ainda no século XIX que se produziram novas máquinas e que se iniciaram formas de 'escrita à distância', possíveis pelo desenvolvimento das linhas de telégrafo e, mais tarde, pela invenção do telefone que providenciou a comunicação de voz 'ao vivo'. Por outro lado o filme foi o primeiro meio audiovisual que envolveu conceitos de 'armazenamento e distribuição' e as primeiras emissões televisivas eram já sinal de um meio activo que requeria participação uma vez que o espectador tinha o poder de decidir o que ver.
Neste contexto, a Teoria da Informação de Claude Shannon, os trabalhos de cibernética de Norbert Weiner e os trabalhos de programação de Grace Hopper, acompanhados por vários outros acontecimentos sociais, políticos, artísticos e culturais, foram componentes essenciais para a emergência de uma cultura dominantemente digital. Enquanto muitas das ideias e conceitos que estão por trás dos novos media se desenvolveram ao longo de vários anos, só nos anos oitenta é que os avanços nas tecnologias da comunicação e dos computadores permitiram que essas teorias se concretizassem. A digitalização do material até então analógico, possível através do microprocessador, permitiu que diversos tipos de ‘media’, diferentes na sua forma física, funcional e estética funcionassem em conjunto, tornando possível falar-se de conceitos tão actuais como multimédia e hipermédia
O avanço da relação que o homem foi estabelecendo com a máquina trouxe consigo várias alterações no modo como, consequentemente, se relaciona com a informação e com o conhecimento.
“Cultura digital é um conceito novo. Parte da ideia de que a revolução das tecnologias digitais é, em essência, cultural. O que está implicado aqui é que o uso de tecnologia digital muda os comportamentos. O uso pleno da Internet e do software livre cria fantásticas possibilidades de democratizar os acessos à informação e ao conhecimento, maximizar os potenciais dos bens e serviços culturais, amplificar os valores que formam o nosso repertório comum e, portanto, a nossa cultura, e potencializar também a produção cultural, criando inclusive novas formas de arte” ex-Ministro da Cultura Brasileira, Gilberto Gil, 2004.
Com este conceito fala-se de cibercultura, Novas Tecnologias de Informação e Conhecimento - a cultura digital, que envolve diversos segmentos sociais, promove a diversidade cultural, descentraliza a criação, a produção e a distribuição da cultura, assim como os processos de tomada de decisão e rumos. A Cultura Digital se materializa como um processo conjunto do poder público com a sociedade civil, principalmente grupos, movimentos e indivíduos que buscam transformações sociais e/ou situados nas periferias físicas e culturais.
Por meio da criação, apropriação difusão do acesso e democratização da tecnologia da informação e comunicação, da produção de conceitos e conteúdos abertos e do uso de softwares livres, esta ação busca apoiar o protagonismo de criadores e produtores de conteúdos. O objetivo principal é o de oferecer mecanismos e estímulos para promover a transformação das pessoas em agentes ativos na cadeia de criação, produção e circulação de informação, a partir do uso de novas e velhas tecnologias de comunicação. Aqui a tecnologia é vista como meio – não como um fim em si própria – e, dessa maneira, o que importa de fato são as pessoas, a apropriação, o uso e a inter-relação com o coletivo e a tecnologia do uso do computador.
Hoje é extremamente útil a produção multimídia (áudio, vídeo, gráfica), alternativas de apropriação tecnológica e comunicação (rádio, metareciclagem, internet), além de promover mostras de vídeos, shows, troca de experiências, conteúdos, com a consequente potencialização da rede dos pontos de Cultura como pano de fundo, criando rizomas tecnológicos em todo os territórios, desenhando uma cartografia tecnológica que aponta uma verdadeira revolução da cultura digital.
Desde a criação deste blog a 19 de Novembro de 2013, já lá vão pouco mais de três meses, portanto, ainda com uma curta existência, mas já bastante conhecido entre nós... é hora de um pequeno balanço relativamente às postagens, ao trabalho desenvolvido, ao cumprimento dos objetivos preconizados quanto à projeção da cultura além-fronteiras.
Espero que a cultura local e nacional tenha encontrado neste blog mais um espaço contributivo de valorização, preservação, produção da nossa rica cultura que abrange os usos, os costumes, os acervos, os modos de ser e estar trasmitidos de geração em geração.
De salientar que o número de acessos já aproxima de 10.000. Pela ordem do maior ao menor número de visitantes por países, top 10, temos:
Esses números podem não ser muita coisa se isto não se traduzir em mais e melhores conhecimentos relativos à nossa cultura; mais interação com a nossa raíz cultural, sobretudo, dar a conhecer o pouco que se faz por aqui aos bravenses, aos caboverdeanos, no geral, e o que há de bom que precisa ser divulgado, conhecido, contribuindo, também, para mudança de mentalidades e comportamentos. Posso estar a pretender muito, mas esta Ilha, apesar da sua pequenez, tem sido de uma grandeza histórica e cultural marcante, então ela merece que todo o seu potencial histórico-cultural seja reunido e difundido, cultivado, usando o que de bom a internet pode proporcionar neste mundo globalizado.
Espero que a cultura local e nacional tenha encontrado neste blog mais um espaço contributivo de valorização, preservação, produção da nossa rica cultura que abrange os usos, os costumes, os acervos, os modos de ser e estar trasmitidos de geração em geração.
A todos os amigos ativistas culturais que apoiem esta iniciativa de ajudar que a nossa música, nossa gastronomia, nossa história, nossos valores artísticos, etc, sejam dados a conhecer ao mundo usando todos os recursos disponíveis e o poder da cibernética e das redes virtuais sociais existentes.
Dê uma olhada aos arquivos disponíveis neste blog e deixe seu comentário que será levado em devida consideração para a melhoria deste trabalho.
Muito obrigado! Contribua e divulgue!
Bibliografia
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